No dia 17 a sócia Thaís Farhat esteve presente na reunião da diretoria da Aciub, que contou com a participação de representantes do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
No evento, Luiz Gustavo, Coordenador Geral do capítulo Minas Gerais, e Luiz Martha, Diretor de Conhecimento e Impacto, ambos do IBGC, apresentaram as mudanças e evoluções da 6ª edição do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa.
Em 2024 o código completou 25 anos e, dentre os destaques da 6ª e última edição, estão o foco na base principiológica e a ampliação da abrangência do documento, agora com destaque ao capítulo de “Fundamentos”. Isso quer dizer que orientações muito específicas e por vezes não aplicáveis a todas as empresas, deu lugar a orientações genéricas aplicáveis em qualquer tipo de empresa e instituição, ampliando sua abrangência: “menos prescritivo e mais inclusivo”, segundo Luiz Martha.
Criado a partir de muita pesquisa e estudo de outros 15 códigos internacionais ou multilaterais, passando a dar mais destaque e relevância para aspectos ambientais e sociais, com a substituição do princípio de “responsabilidade corporativa” pela “sustentabilidade”, que tem como foco garantir o protagonismo e as responsabilidade da empresa perante a sociedade, garantindo a coexistência de ecossistemas sociais, econômicos e ambientais.
O princípio de “prestação de contas” passa a ser apresentado como “responsabilização (accountability)”, para abranger não somente atitudes individuais, mas também práticas corporativas mais transparentes. O Conselho de Administração deixa de contar com um escopo e atribuições tão detalhadas, dando maior enfoque para o papel do Governance Officer, bem como atuação mais estratégica e “colegiada” da Diretoria, com forte incentivo à diversidade como fator de maior completude e órgãos de fiscalização e controle mais focados nos riscos, controles internos e compliance e menos centrado na repetição regulatória.
Para exemplificar melhores práticas de governança, acompanhamos a apresentação de 2 cases: Felipe Calixto, CEO da Sankhya - uma das maiores empresas brasileiras de ERP-, e Edmundo Filho, Vice-presidente de administração e finanças do Grupo Décio - que distribui e comercializa energia e combustíveis na região central do Brasil, destacando as oportunidades e desafios para cada um dos setores:
O Grupo Décio, no setor de energia, apresentou seu case de utilização de práticas de governança para profissionalização de uma empresa familiar, trazendo executivos e conselheiros externos ao grupo
A Sankhya, no setor de gestão e tecnologia, tem se valido de práticas de governança para o aumento de competitividade a partir da visão externa, a atração de investidores e a estruturação de uma base sólida para concretização dos planos futuros de abertura de capital
Apesar dos setores e momentos diferentes das companhias, destacamos algo em comum: o reconhecimento pelos empreendedores da governança corporativa como estratégia para garantir a sustentabilidade e escalabilidade de seus negócios.
E você, sabe qual o estágio da governança da sua empresa? Já conhece quais são as melhores práticas de governança?
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